”Não podes voltar atrás para mudar o início, mas podes começar do ponto onde estás e mudar o fim.” – C. S. Lewis

aprender para sempre

Uma das frases que mais oiço – e bem! – é que estamos sempre a aprender. Esse é o mote daquele que, segundo a psicóloga Carol Dweck, tem um atitude mental (mindset) progressiva. Mas o tempo não pára e pode acontecer que, no momento presente que estamos a viver, seja pelo semestre adentro, ou em arranque total em mais um ano de trabalho, com novos desafios, hajam coisas que gostaríamos de ter feito e ficaram para trás.

Eu pensava que nas férias iria conseguir escrever quatro livros. Um exagero, sim, mas estava confiante até que o cansaço levou-me a melhor e não consegui completar nem um no tempo que gostaria. Agora, com os novos desafios, tudo se torna mais exigente e difícil. Mas é como diz C.S. Lewis, importa mudar o final da história, não o início, ou ficar retido nele.

É nesse sentido que se torna possível ir para além de estar sempre a aprender e identificarmo-nos com a realidade de que, como seres humanos, aprendemos para sempre.

O ser humano distingue-se neste planeta pela sua capacidade criativa que não provém daquilo que sabe, mas da sua capacidade de estar sempre a aprender. Aprender não é uma faculdade adquirida, mas antes uma parte intrínseca à natureza humana. De tal modo que, quando pensamos não poder mais aprender, atrevo-me a afirmar que abdicamos da nossa humanidade. E mesmo pensando naqueles que fisicamente estão mais limitados, se estivermos atentos ao seu testemunho, acabam por ser os que mais nos ensinam sobre a vida e de como aprender é algo que devemos fazer para sempre. Basta pensar no exemplo de Stephen Hawking. Contudo, não esquecendo que foi graças à ajuda de tantos que ele pode chegar onde chegou. Se há quem sozinho aprenda mais rápido, quando aprendemos juntos vamos mais longe.

Devíamos chegar ao ponto em que, até no último respiro, podemos aprender alguma coisa. E como espécie, não só estamos sempre a aprender, como podemos aprender para sempre (ou pelo menos até nos extinguirmos neste universo). Um pouco como disse Gandhi,

“Vive como se morresses amanhã. Aprende como se vivesses para sempre.” (Mahatma Gandhi)