Escrever para alguns é uma arte, para outros um hobby e para muitos estudantes e profissionais, uma necessidade. Mas nem sempre existe tempo, vontade, jeito, tema ou inspiração para escrever. O que fazer?

Sempre fui um ávido leitor. Em períodos de menos trabalho chego a ler 8 livros por mês. Mas chega-se a um ponto da nossa vida em que ler começa a despertar o desejo de escrever. Depois, noto que uma boa parte do meu trabalho implica escrever. Logo, comecei a deparar-me com uma série de questões que nos podem impedir de escrever quando mais precisamos.

Estas são as 5 afirmações mais comuns quando alguém tenta escrever e pensa que não é capaz, e o que podemos fazer para as ultrapassar.

1. “Não tenho tempo”

[tweet_box design=”box_03″ float=”none”]“O que fica agendado, fica feito.” – Michael Hyatt[/tweet_box]

Esta foi a solução que encontrei. Se não colocamos na nossa agenda a tarefa de escrever, dificilmente encontraremos tempo para isso. Marca um encontro com a escrita como se fosse um encontro com alguém. Por exemplo, o meu é às 6h30 e não falha desde que se tornou um hábito diário.

Depois, quanto escrever? Um dia deparei-me com um desafio na web e aceitei. O my500words que desafia a escrever o mínimo de 500 palavras por dia. Aliás, com este artigo que estás a ler, é exactamente isso que estou a fazer. Em síntese, para teres tempo, marca na agenda e coloca uma meta em número de palavras.

2. “Não tenho vontade”

Há dias assim, e acontecem sempre, mas é, precisamente, esses dias que nos recordam a importância do ”porquê”. Por que razão escreves? Se andasses para a frente no tempo e visualizasses o que acontece se escreveres será mais fácil encontrar o “porquê” e com esse a motivação necessária.

Depois, independentemente de serem relatórios, ensaios, artigos, escreve para ti em primeiro lugar. Não te preocupes com o facto dos outros poderem ler e criticar o teu trabalho. Por vezes algo fica por escrever porque o primeiro crítico somos nós próprios.

3. “Não tenho jeito, ou talento”

Não te preocupes, ninguém tem. O talento para escrever não se tem, adquire-se, trabalha-se. Quantos escritores famosos não tiveram o seu trabalho recusado inúmeras vezes. Um exemplo é o famoso Stephen King.

Fica a saber algo importante. O primeiro rascunho é sempre mau. não há volta a dar. É certo e sabido que é assim. Daí que a frase de Hemingway seja fabulosa e um excelente mote [tweet_box design=”box_03″ float=”none”]“O único modo de escrever é reescrever” – Ernest Hemingway[/tweet_box]

4. “Não sei o que escrever”

Este é o famoso “bloqueio do escritor” (writer’s block) a que ninguém está imune. A forma de desbloquear mais simples é pensar no que gostas, o que te interessa, o que te inspira ou nas tuas experiências. Escreve sobre isso. Escreve o que te sentes à vontade em escrever. Isso treina-te para escrever tudo o resto, incluindo aquele relatório que tem um prazo.

5. “Não me sinto inspirado”

Uma vez deparei-me com uma frase de Dan Poynter que diz ”se esperas pela inspiração para escrever, não és um escritor, mas um ‘esperador’.” Inúmeras vezes olhei para aquela página em branco de lápis na mão, ou écran branco com o cursor a piscar, sem qualquer ideia por onde começar. Descobri, com o tempo, que o melhor é sempre começar, independentemente de estar, ou não inspirado. É a primeira palavra que leva à segunda, a segunda à terceira e assim sucessivamente…

DESAFIO: Marca uma hora para começar um novo hábito: escrever. Escreve sobre tudo o que te vier à cabeça e começa com poucas palavras. Bastam 200 a 300.